quinta-feira, setembro 23, 2004

Da noite para o dia…

Sentada no peitoral da janela, a pouco tempo do acordar do dia, aprecio o ambiente, um silêncio quase perfeito, o vago movimento, a aproximação do orvalho matinal, o sopro de uma leve brisa, tudo fazendo com que me sinta a sobrevoar as redondezas. Parece que algo me leva a libertar lágrimas que demonstram o meu bem-estar, a leveza que oferece, a beleza que transparece, o doce aroma que transmite.
Sem que dê conta, as estrelas fogem aos meus olhos levando consigo a lua e o azul profundo do céu, com calma vão dando lugar ao azul alegre que o sol faz reflectir no céu. Tão depressa como se manifestou, o nevoeiro, trazido pelo dia, se vai, a brisa, continuando leve, o odor fresco e extremamente agradável oferecido pelas folhas e flores de cada planta. O piar de cada pássaro contribui para uma bela melodia que mais tarde será interrompida pela abertura do dia laboral.
Espantada, denoto que passei horas de cabeça fora da janela vendo o adormecer da noite e o nascer do dia.

Príncipe Encantado

“Era uma vez uma simples jovem, que ao caminhar pela rua, encontrou o seu príncipe encantado…” STOP!
Sabemos que isto não se passa na vida real, ou pensamos que sabemos. Sem nos darmos conta complicámos o fácil e procuramos o que sempre esteve à nossa frente.
Por muitos momentos deixei de acreditar que isso poderia ser verdade mas, felizmente, voltei ao realismo, deixando o negro pessimismo para trás. Começo a acreditar que não sou menos que os outros, se muitos/as conseguiram encontrar o/a seu/sua príncipe/princesa, eu também posso vir a encontrar o meu, ninguém pode ter a certeza do contrário.
De certa forma, devolvi o brilho ao meu olhar com uma mera mudança idealista, encontro assim mais força para todos os meus projectos, incluindo a alimentação da minha paixão pela escrita.

Chega! (II)

Depois de tanto amor não correspondido, tanta espera, tanto usufruto, tanto sofrimento, não sou capaz de confirmar, confirmar que ainda o amo.
Durante longos meses fui guardada lá no cantinho da dispensa para o caso de ser precisa, o único problema é que, por acaso, (ainda que sem eu saber) o meu amor tinha data de validade. Escondido lá na prateleira, ele ganhou pó e de tanto esperar para ser usado acabou por se estragar, sobrando a mágoa, desilusão e revolta contra o tempo perdido.
Acabando com as baixas metáforas, afirmo, com toda a determinação, que nunca mais tolerarei as desculpas de falta de memória (“Ah magoei-te!? Desculpa, não me lembro!”), posso estar a empregar mal a palavra “nunca” mas fiz disso o meu desejo e com toda a força que me resta espero concretizá-lo, com a ajuda dos poucos bons amigos que tenho.

terça-feira, setembro 21, 2004



Era bom assistir a isto todos os dias!

Chega!




Já não dá para suportar, basta de me vitimar quando erro, basta de me culpar pelo que não faço, basta de me enganar a mim mesma. Querendo ou não, de quando em vez, preciso abrir os olhos, parar de sonhar que sou justa. Esfrego os olhos e abro-os com dificuldade, ardem como chama, choram cristais de gelo.
De súbito deixo de ver o rosa em todo o lado, só consigo atentar no negro e no vermelho, olho-me ao espelho e repugno a minha figura, as cicatrizes da maldade abriram, ressuscitaram velhas feridas.
Caminho pela areia e sinto o mar e o vento levarem meu rasto, sento-me e gravo numa qualquer pedra palavras de ódio ou amor e nunca mais de lá saem. Tal como as minhas acções, as mais simples e insignificantes são levadas pelo tempo e as mais fortes e nem sempre intencionadas são gravadas na pele e nos corações.
Para sempre as lembrarei e por elas pagarei!

Uma mera citação

Um alguém quis ensinar-me que a vingança é um prato que se serve frio, está, agora, na hora de EU ensinar algo ao meu professor:

A revolta é um fogo que derrete muito e muitos...

sexta-feira, setembro 17, 2004

Impulsivo!

Tão rápida como a luz, chega a mim uma explosão de sentimentos inexplicável. Aquele passo certo e a seriedade que mantive durante uma longa distância eram destronados por um enorme sorriso e uma quase cambaleante caminhada.
Tento dar respostas à situação mas não consigo, dou estranhas gargalhadas silenciosas que me deixam perplexa. Já não me conheço, sinto que nasceu uma nova personalidade dentro de mim, que uma face mais emotiva e espontânea se desvendou, como se tivesse estado escondida num qualquer recanto.
Não sei dar nome àquele momento mas sei que foi ridículo e muito divertido.
Porquê?

quarta-feira, setembro 15, 2004

Medo

Agora que o silêncio se apoderou da casa, eu posso pegar na minha paleta, humedecer o meu pincel e tentar criar uma nova obra.
Vasculho dentro de mim mas depressa me canso, não consigo encontrar palavras, descrições que possam ser expostas na minha tela. Algo me aperta lá dentro, parece que pede a minha atenção, mas não consigo dar-lha. Um olhar desconfiado está a desafiar-me, o temor e a curiosidade lutam entre si, cheiro o medo a sair por cada poro da minha pele e ouço meu coração bater, ansioso por saber quem possui tal olhar, tal força.
De quando em vez o medo bate à minha porta e entra sem pedir licença, seca o meu coração e foge, o poder que tenho por amar enche-o rapidamente para que a cabeça não se aperceba do sucedido, fazendo com que tudo pareça um simples piscar de olhos.
Actualmente, tenho o medo como hóspede permanente, o amor fez as malas e disse que viajaria em busca do seu rumo…

Fria e seca, só consigo pedir que o seu rumo seja eu!

sexta-feira, setembro 10, 2004

Desejos Ocultos

No escuro daquela sala, a inquietação não se notava, mas ele estava presente. Estar ao seu lado e nada poder fazer conseguia que meu coração palpitasse mais do que o normal, sem receber atenção da sua parte, a minha cabeça ia alucinando. Percebi que o queria mais do que pensava, o tempo de espera foi longo, a expectativa enorme, o meu corpo tremia ao olhar para cada pedacinho daquele que ocupava o lugar à minha direita. Talvez não devesse ter ansiado, talvez não devesse ter esperado, talvez não devesse ter amado, mas tudo estava feito, não podia voltar atrás.
Sem me dar conta consegui a aproximação, sentia seus membros e seus lábios tocarem na minha mão, sorri e deixei-me levar, sentia-me nas nuvens. Pouco tempo depois estava sozinha naquela imensa e silenciosa sala, fecho os olhos e volto a abri-los numa tentativa de verificar que não sonhava, logo vi que tudo era real.
Mal meus olhos voltaram a ver, deparei-me com ele sentado ao meu colo, aproximando a sua cara da minha, sussurrando-me algo.

A tarde preparava-se para ser longa…
…ou não…

quinta-feira, setembro 09, 2004

Lágrimas do Céu

Baloiçando-me na cadeira do meu avô sinto uma leve brisa abrir as ferrugentas abas da janela, que, de imediato, me fazem tapar os ouvidos devido ao estridente ruído.
Com toda a calma rodo um pouco a cabeça e atento na imagem que atravessa os limites da agora aberta janela, sorrio, um longo domingo chuvoso acordou. Escutando com atenção consigo sentir o som da chuva a cair, os pássaros a cantar, os carros a passar.
Subitamente todo o meu corpo se arrepia calorosamente com um abraço da melancolia, relembro diversos passeios à chuva e o quão refrescantes e revigorantes eles eram, a saudade senta-se no meu colo como se fosse uma pequena criança e traz-me a lágrima ao canto do olho, a tristeza que me ocupa por saber que perdi tão marcantes companheiros de passeata chama a alegria de os ter conhecido para se juntar a nós.
De um momento para outro soltei a solidão e logo nova companhia apareceu. Senti, com toda a viabilidade, que nunca estive só nem nunca estarei, se em algum momento me sentir fria, sei que são apenas alguns amigos que dão o seu melhor para me acompanhar, se, pelo contrário, aqueço, sei que voltaram para meu lado outros amigos tão valiosos quanto os primeiros, diferentes mas iguais…

quarta-feira, setembro 08, 2004

Quero acordar... Quero sonhar...

Recuando um par de meses no tempo relembro o dia em que senti a minha vida ameaçada, como se com pequenos golpes ele me tivesse arrancado o coração. Vi o ódio no seu esverdeado olhar, senti a raiva no seu rosto.
Revoltada por, poucos dias antes, me ter abandonado ao vento, ditei palavras vagas que foram interpretadas como insulto. Sendo-lhe o meu coração fiel, culpei-me do sofrimento de ambos. Tentei retaliar a amizade que achei existir mas o esforço foi em vão, não mais ouvi a sua voz dirigida a mim.
Finalmente perdi toda a esperança que me habitava, consegui perceber que a noite teria que acabar, era hora de acordar para a vida. Mas, algo me impedia de abrir os olhos, era ela a dor que caracterizou todo o meu sonho, meu pesadelo.
Estava como que numa missão que não havia sido objectivada, cada dia formulava um objectivo diferente, mas este dia definiu o início da conclusão desta missão. Com a ajuda do tempo e da distância, o meu coração foi apagando seus sentimentos ou apenas arquivando experiências.
Chegado o amanhecer, levantei-me a cama e procurei com ansiedade a luz do sol de que tanta saudade sentia. A fome que me dominava levou-me a ingerir força, coragem e determinação para que meu corpo e mente fossem capazes de criar barreiras que nunca mais me permitissem adormecer.
Desde então vivo dia após dia sem fechar os olhos, sinto-me cansada, a vontade de ficar acordada evaporou-se, resta apenas um enigmático desejo de retomar o sonho…

terça-feira, setembro 07, 2004

“Incalculada” repetição

Aos poucos e poucos vou esgotando a variedade de vocabulário que me era suposto pertencer. Olho para as palavras que meu pincel vai deixando na tela e entristeço vendo que me repito com frequência, olhos para dois textos e vejo apenas uma diferença entre eles, a ordem das palavras. Tudo isso me faz interrogar se devia e devo continuar a embalar meu coração na escrita, se deverei embeber meu pincel em coloridas palavras que me nascem na mente. Ao contrário de outras alturas, agora, não surgem palavras na tela, no papel, respostas não chegam à ponta do pincel, da caneta, a tinta que percorre as minhas veias não ultrapassa as barreiras da dúvida e da repetição.
Cedo me farto das minhas palavras, tarde chego para “me” poder parar, agora que já isto se tornou uma dependência quero “impedir-me” de raciocinar, imaginar. “Impossível” diria eu a quem disser que sou capaz de cessar a vontade de escrever, é escusado tentar sobreviver sem a companhia das palavras. Sem dar conta fui-me apaixonando por todas elas, o que começou por ser uma ilha desconhecida é, ao fim de contas, a minha casa.
Repetitiva ou não a minha escrita é o meu refúgio, o meu apoio, a minha fonte de desabafo, a minha melhor amiga, que sei que não me abandonará, nunca!

Saudade (seca ou molhada)

Com palavras insensíveis à minha dor, aqueles que choram acusam-me de não fazer o mesmo, como se fosse um crime. Como pode alguém, que não sabe o que sinto, julgar-me com tamanha rudeza? Pois eu, depois de alguns minutos a pensar, sei responder a essa estranha pergunta, a frieza com que me olham não os deixa ver a quantidade de lágrimas secas que me fogem pelo canto do olho.
Posso não encharcar minha camisola em choro mas sinto o calor da saudade como todos os outros sentem. Em vez de transmitir saudade e gratidão através de lágrimas, transmito-as através de silêncio e gestos pouco aparatosos mas intensamente dolorosos, não uma dor incómoda mas uma dor com um sorriso estampado em si. Para mim os meus olhos não são o espelho da minha alma, se forem é sinal que ninguém os olhos quando, inconformadamente, me apontou o dedo.

Se meus olhos não derramaram uma única gota foi porque meu coração já todas havia derramado num eterno “até sempre”…

domingo, setembro 05, 2004

O meu cantinho: "silêncio"

“Silêncio”, tantos significados tem esta vulgar palavra, quantas obscuridades ela esconde.
Ao longo do tempo fui ganhando medo ao silêncio, temendo-o cada vez mais. Cada momento triste, cada momento solitário, cada momento de revolta, todos os momentos de angústia são caracterizados por uma frustrante falta de som, falta de movimento.
A minha cabeça tenta constantemente acabar com esse inconfortável ser, que só cria insegurança na minha vida.
Encontro-me com ele e enquanto caminho a seu lado sinto-me seguida, imagino passos silenciosos, murmúrios que não me alcançam, acções que me gelam por dentro.
Corro sem destino, numa qualquer direcção e, sem fé, rezo para encontrar uma calorosa companhia que derreta o gelo que circunda todos os meus órgãos, toda a minha imaginária alma.
Ainda no meu caminho, sinto o meu corpo a aquecer, ardentes sentimentos lutam pela sobrevivência, penso durante escassos segundos e percebo que sou eu a causa do tal frio interior que senti.
Fui eu que me refugiei no silêncio, em busca de uma cura, fui eu que o procurei. Aquela gélida armadura que transportei foi-me entregue apenas por eu querer acabar com os mais quentes sentimentos, congelá-los e mais tarde quebrá-los. Agora percebo que esses sentimentos que tentei expulsar estão dentro de mim com o objectivo de me dar segurança, conforto, alegria diversão e muito mais.
Se uma vez os igualei a um espinho que só me feriu, hoje igualo-os a rosas de uma roseira pois finalmente fui capaz de ver a sua beleza!

sábado, setembro 04, 2004

Triste Escrita Alegre

“Desespero” pode ser exagerado mas “vazio” é indicado para descrever o que sinto sempre que só me consigo servir da “tinta do meu pincel” para inúteis rabiscos. Sinto que a essência da escrita, que recebi ou penso ter, me fugiu, me ganhou medo.
Temo tudo o que me rodeia, pois sei que se me ferir não terei palavras para o descrever, para me proteger, para poder sobreviver.
Agradeço por ter tido o privilégio de entrar na fabulosa família que o amor pela escrita criou e orgulho me por ser mais um dos seus filhos.
Rio com toda a vontade pois sei que nunca abandonarei tudo o que este universo me ofereceu.
Acabo por não mais sentir o “vazio” pois sei que aquele vício não me fugiu, apenas se escondeu para que aprenda que diversão e correcção podem estar juntos numa só frase ou até palavra!

No interior do meu olho

Fixo o olhar, encontro nele o vago e o sentir, admiro o azul falar, cada lembrança a surgir.
Tento abrir as portas para o conhecimento da minha vivência, sorrio para que tudo seja facilitado. Ainda que o espírito se recuse a ter fé, ainda que a cabeça não ajude, o corpo leva-o a ser empurrado.
Perseguindo uma qualquer gota que jorra daqueles potes, encontro um novo poço, protegido por finas mas doces almofadas. Saindo desta nova descoberta, ouço melódicas vidas caminhando para outros mundos, carinhosas ou revoltadas procuram compreensão e sentimentos profundos.
Chegadas ao seu destino as tímidas melodias tentam curar feridas que o tempo deixou levando à aproximação do coração onde se alojaram e aquele de onde partiram.
Todas estas lágrimas e palavras contribuem para novos nascimentos, despertar de novos sentimentos, futuros momentos…

sexta-feira, setembro 03, 2004

O meu próprio jogo

Deitada na cama, junto do silêncio do escuro, vou procurando ideias e separando sentimentos. Recuo no tempo, poucos minutos, dias, semanas, meses ou até anos, lembro com um simples sorriso os diversos momentos alegres, divertidos, gratificantes e com um maior e severo sorriso lembro e relembro maus momentos, tristes, dolorosos.
Vou montando o meu eterno puzzle, a minha identidade, procuro saber, “ridiculamente” aquilo que fui, que sou e que serei mas tenho acidentes nessa busca. Nesse percurso que é desvendar o meu incógnito embato em pequenos obstáculos como a memória e o futuro, ambos peças do meu puzzle, ambos prerrogativas e questões imortais que envolvem os meus pensamentos.

quinta-feira, setembro 02, 2004

Para ti (III)

Depois de muito tempo de olhos fechados para a realidade, depois de teimar no sofrimento em vão, acordo para a vida, reanimo a minha chama e faço renascer a esperança.
Aquela dor, que durante passagens senti, é expulsa pela vontade de sorrir para a vida. Pequenos pontos que fui ignorando e grandes erros pelos quais fui chorando são, agora, tomados em conta e elevados a enormes ensinamentos que tanto preenchem certos vazios.
Se há um tempo escondia da lembrança quem me fez chorar, neste momento entrego-os a ela para que lhes possa agradecer por me terem fortalecido e me terem empurrado para a criação de barreiras, que nesta vida, me possam servir de espelho, de protecção.

Para ti (II)

Por todas as vezes que me magoaste em silêncio, uma estaca espeto nesta ligação!
Por toda a dor que suportei, uma estaca espeto em todo o sentimento!
Por todo o mal que de mim escondeste, uma estaca espeto na lembrança!Por toda a vez que me mentiste ou omitiste a tua realidade, uma estaca espeto na confiança!
Por cada pensamento errado, ferida propositada, eu peço desculpa e espeto uma última estaca nesta AMIZADE!

Para ti (I)

Fizeste com que dissipasse toda a amizade que se aproximava de mim, por ti isolei-me na minha pequena bola de cristal, milhas percorri para fugir ao ciúme e não te deixar escapar.
Depois de com um doloroso incómodo andar, parar e pensar, decidi quebrar a tão frágil bola de cristal.
Interrogas-te e não concluis que tudo o que foi transmitido pelos teus lábios, até mesmo pelo teu corpo trabalhou para a minha decisão.
Ao longo da minha estadia naquela bola de cristal tu intitulaste-me de forte, exagerada, imatura e fizeste-me pensar que era a culpada da mágoa que aos poucos se manifestava no teu comportamento. Pois agora imponho-me a essa tua soberania, aquela que dizias ser minha. Pertencem-me as forças que me concederam para tomar esta penosa decisão, tudo o que te disser será o que evitei dizer-te desde que entraste no meu livro.

Um remodelado conjunto de palavras sem sentido

Um erro cometi, por mera distracção, agora, amo a pessoa certa no momento errado, sofro por isso e sem poder dizer nada deixo qualquer um à minha volta a chorar pelo meu próprio sofrimento, pelo meu próprio amor. Como poderei eu deixar de amar o meu "amor" ideal???

Amo algo que se intitula impossível! Amo tudo o que alguma vez sonhei amar! Não tenho a mínima hipótese de sobreviver a esta tempestade!!! Andei eu anos na escola para cometer o maior dos erros: amar! A escola da vida enganou-me, tropecei na sorte e caí no azar, passei pela felicidade sem lhe dizer um simples olá, parei junto à dor e ao sofrimento e lá acabei por me fixar...
Pessimista dizem uns, realista dizem outros, mas todos acreditam que algo de errado se passa, algo de absurdo eu faço, algo de incrível eu sinto.
Não sou santa para ninguém mas também não sou um objecto que se possa moldar, que se possa comandar. Penso como humano, o meu sorriso desabrocha e murcha como uma flor e o meu instinto procura todo o perigo, tal como um mero animal.

É de natureza humana planear um acção sem pensar nas consequências que ela implica… mas terei eu planeado amar?
serei eu de natureza humana?
o que sou, o que sinto e o que penso eu?