quinta-feira, abril 21, 2005

Se...

Se o amor fosse gota,
A vida seria toda a água deste mundo…

Se o amor fosse fogo,
Toda a matéria estaria em chama…

Se o amor fosse lágrima,
Os olhos de uma criança estariam já cansados de chorar,

Os de um velho cegos pelo sal de todo o derrame
E os meus estariam fracos por não quererem fechar…

Se o amor fosse sonho,
A vida seria um dormir eterno…

Se amar fosse som,
Eu seria música…

Se amar fosse voar,
Eu seria pássaro sem poiso…


Se amar fosse morrer…

domingo, abril 03, 2005

Mas...

A porta estava fechada, trancada.

Eu tentei entrar mas foi me negada essa tentativa, não pude fazer mais do que desistir, virar costas àquele mundo desconhecido que estaria para lá e procurar um apoio, um canto onde pudesse ter uma espera calma e silenciosa...

E aqui estou, presa no meu silêncio e na minha espera, consciente da improbabilidade de progresso na procura de um meio para atingir aquele mundo que teima em se acanhar...

sábado, abril 02, 2005

E se não fosse assim?


Bate certo, realmente bate.

Não preciso de falar para que saibas o que quero dizer, não preciso se quer de mentir para que saibas qual é a verdade...

Só sinto que tudo isto não passa de um simples sismo que por momentos altera tudo, deixa marcas da sua passagem e é esquecido pelo tempo tornando-se data de um livro ou jornal arquivado, um acontecimento que não tem resposta, ainda que espere por ela...

"Não te conheço" mas já te tenho cá dentro como conhecido, quero conhecer-te mas não to peço poruqe possivelmente não é isso que devo fazer mas não te esqueço porque de certeza não é o que quero...

No dia em que souber que reconheces as palvras que escondo por trás de linhas sem sentido, no dia em que te "vir" sem me ter aproximado, saberei que alcancei o momento certo para cessar esta espera inconsciente...

Uma imagem que não vejo...


Agora, deito-me, olho para o tecto e lembro-me de ti. Recordo o momento em que me contaste como uma vez te retorceste á procura de posição para dormir e tento imaginar como és sem saber nada de ti, imaginar o que seria sentir o sopro da tua voz no meu ouvido apenas pelas palavras escritas que sei serem tuas, imagino o teu andar e os teus gestos pelo ritmo da tua resposta...

Não, não sinto nada de realmente especial por ti, nem tu por mim, mas, por razão que desconheço, não te consigo tirar da cabeça, talvez por seres das estrelas que mais perto chega de mim ou por seres aquela que mais vontade tenho de aperciar, por alguma coincidência de palavras ou por lapso da limpeza diária da minha vida, não sei!

mas sei que quando me deito e olho para o tecto me lembro de ti!!