quarta-feira, setembro 28, 2005

Saber nada...

Fica apenas um nome, uma gravação… Tudo porque o mar e o tempo levam as pegadas, pelo menos, do alcance do olhar. Na memória fica a marca de cada decisão e escolha, a marca de cada passo dado em busca de algo ou alguém. Não são palavras cheias de emoção e alegria que enchem as minhas linhas, são sentimentos não visíveis…

Cheguei a um ponto em que já não sei quem sou, se a felicidade que esboço ou a dor que sinto, não sei como sorrir sem caminhar para um choro, não sei como manter a força reflectida no apoio que tento dar. O que pensava serem características minhas são agora papel de embrulho, já não sou capaz de filtrar o que me toca, não sou capaz de impedir um tocar…

Podia estar a equiparar-me a um qualquer animal mas não teria o mínimo significado, não o desejo, não o quero nem o sinto, podia comparar-me a um objecto, podia… a saudade do som e do movimento já não me anima… sentir?! Para deprimir ou enraivecer quem me lê, talvez! Tens razão, eu não passo de mais uma que se rende ao que se impõe, não passo de fraqueza e falsidade, não passo de “eu mesma” que nem sei quem sou…