Chega!
Já não dá para suportar, basta de me vitimar quando erro, basta de me culpar pelo que não faço, basta de me enganar a mim mesma. Querendo ou não, de quando em vez, preciso abrir os olhos, parar de sonhar que sou justa. Esfrego os olhos e abro-os com dificuldade, ardem como chama, choram cristais de gelo.
De súbito deixo de ver o rosa em todo o lado, só consigo atentar no negro e no vermelho, olho-me ao espelho e repugno a minha figura, as cicatrizes da maldade abriram, ressuscitaram velhas feridas.
Caminho pela areia e sinto o mar e o vento levarem meu rasto, sento-me e gravo numa qualquer pedra palavras de ódio ou amor e nunca mais de lá saem. Tal como as minhas acções, as mais simples e insignificantes são levadas pelo tempo e as mais fortes e nem sempre intencionadas são gravadas na pele e nos corações.
Para sempre as lembrarei e por elas pagarei!
2 Pinceladas:
Daniela,
Através de olhos sem véus podemos, ao cruzarmo-nos com o banal, encontrar o sublime.
O que mais importa, creio eu, é tudo quanto nos espera, se estivermos atentos e prontos a receber.
No detalhe, está o que nos salva. Não há acções "insignificantes", há acção.
A tua acção de escrever o que te vai na alma, é um "detalhe" importante para ti e para quem te lê.
Continua sempre.
Mariposa
De momento isto parece fazer sentido, por isso:
"há mar e mar, há ir e voltar"
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