Lágrimas do Céu
Baloiçando-me na cadeira do meu avô sinto uma leve brisa abrir as ferrugentas abas da janela, que, de imediato, me fazem tapar os ouvidos devido ao estridente ruído.
Com toda a calma rodo um pouco a cabeça e atento na imagem que atravessa os limites da agora aberta janela, sorrio, um longo domingo chuvoso acordou. Escutando com atenção consigo sentir o som da chuva a cair, os pássaros a cantar, os carros a passar.
Subitamente todo o meu corpo se arrepia calorosamente com um abraço da melancolia, relembro diversos passeios à chuva e o quão refrescantes e revigorantes eles eram, a saudade senta-se no meu colo como se fosse uma pequena criança e traz-me a lágrima ao canto do olho, a tristeza que me ocupa por saber que perdi tão marcantes companheiros de passeata chama a alegria de os ter conhecido para se juntar a nós.
De um momento para outro soltei a solidão e logo nova companhia apareceu. Senti, com toda a viabilidade, que nunca estive só nem nunca estarei, se em algum momento me sentir fria, sei que são apenas alguns amigos que dão o seu melhor para me acompanhar, se, pelo contrário, aqueço, sei que voltaram para meu lado outros amigos tão valiosos quanto os primeiros, diferentes mas iguais…
Com toda a calma rodo um pouco a cabeça e atento na imagem que atravessa os limites da agora aberta janela, sorrio, um longo domingo chuvoso acordou. Escutando com atenção consigo sentir o som da chuva a cair, os pássaros a cantar, os carros a passar.
Subitamente todo o meu corpo se arrepia calorosamente com um abraço da melancolia, relembro diversos passeios à chuva e o quão refrescantes e revigorantes eles eram, a saudade senta-se no meu colo como se fosse uma pequena criança e traz-me a lágrima ao canto do olho, a tristeza que me ocupa por saber que perdi tão marcantes companheiros de passeata chama a alegria de os ter conhecido para se juntar a nós.
De um momento para outro soltei a solidão e logo nova companhia apareceu. Senti, com toda a viabilidade, que nunca estive só nem nunca estarei, se em algum momento me sentir fria, sei que são apenas alguns amigos que dão o seu melhor para me acompanhar, se, pelo contrário, aqueço, sei que voltaram para meu lado outros amigos tão valiosos quanto os primeiros, diferentes mas iguais…
4 Pinceladas:
Excelente!
Apenas dois pequeninos reparos, se mos permites: creio que o texto (e o sentido subjacente ao mesmo) quiçá ficasse mais leve se os amigos não dessem o seu MELHOR.
Conoto, nesse contexto, a palavra "melhor", não com abnegação, mas imbuida de um sentido de dever, como que uma obrigação. E amigo que despende esforço para acompanhar alguém não é verdadeiro amigo.
Por outro lado, parece-me um pouco contraditório sentires-te fria e concomitantemente estar rodeada de alguns amigos. A presença dos amigos deve, em princípio, acalentar as nossas almas, as nossas esperanças.
Escreve mais e não exijo melhor!
kant
talvez nao tenhas percebido as minhas palavras, o sentido de dar o melhor não é como um dever mas sim como uma forma de satisfação. todo o texto é uma metáfora... os tais amigos são os sentimentos que me acompanham no caminho que percorri, percorro e percorrerei. Como sabes nem todos os sentimentos são "quentes" mas como cristâ que sou, acredito que tudo acontece por uma razão, tanto os maus como os bons momentos, frios e quentes respectivamente.
Obrigado pelas participação activa aqui no meu blog, Dani
Da discussão nasce a luz...
Agradeço o esmerado esclarecimento.
Obrigado
kant
De facto, sempre existirá uma razão para o que nos acontece...Mesmo que, no momento, não a entendamos...
O que é preciso é manter toda a disponibilidade para o que a vida nos mostra, dá, retira, cria...
Olha o teu texto e repara nos muitos coloridos que pincelaste...:)))
Bonito.
Mariposa
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