sábado, setembro 04, 2004

No interior do meu olho

Fixo o olhar, encontro nele o vago e o sentir, admiro o azul falar, cada lembrança a surgir.
Tento abrir as portas para o conhecimento da minha vivência, sorrio para que tudo seja facilitado. Ainda que o espírito se recuse a ter fé, ainda que a cabeça não ajude, o corpo leva-o a ser empurrado.
Perseguindo uma qualquer gota que jorra daqueles potes, encontro um novo poço, protegido por finas mas doces almofadas. Saindo desta nova descoberta, ouço melódicas vidas caminhando para outros mundos, carinhosas ou revoltadas procuram compreensão e sentimentos profundos.
Chegadas ao seu destino as tímidas melodias tentam curar feridas que o tempo deixou levando à aproximação do coração onde se alojaram e aquele de onde partiram.
Todas estas lágrimas e palavras contribuem para novos nascimentos, despertar de novos sentimentos, futuros momentos…