quinta-feira, setembro 02, 2004

Para ti (I)

Fizeste com que dissipasse toda a amizade que se aproximava de mim, por ti isolei-me na minha pequena bola de cristal, milhas percorri para fugir ao ciúme e não te deixar escapar.
Depois de com um doloroso incómodo andar, parar e pensar, decidi quebrar a tão frágil bola de cristal.
Interrogas-te e não concluis que tudo o que foi transmitido pelos teus lábios, até mesmo pelo teu corpo trabalhou para a minha decisão.
Ao longo da minha estadia naquela bola de cristal tu intitulaste-me de forte, exagerada, imatura e fizeste-me pensar que era a culpada da mágoa que aos poucos se manifestava no teu comportamento. Pois agora imponho-me a essa tua soberania, aquela que dizias ser minha. Pertencem-me as forças que me concederam para tomar esta penosa decisão, tudo o que te disser será o que evitei dizer-te desde que entraste no meu livro.