quarta-feira, setembro 15, 2004

Medo

Agora que o silêncio se apoderou da casa, eu posso pegar na minha paleta, humedecer o meu pincel e tentar criar uma nova obra.
Vasculho dentro de mim mas depressa me canso, não consigo encontrar palavras, descrições que possam ser expostas na minha tela. Algo me aperta lá dentro, parece que pede a minha atenção, mas não consigo dar-lha. Um olhar desconfiado está a desafiar-me, o temor e a curiosidade lutam entre si, cheiro o medo a sair por cada poro da minha pele e ouço meu coração bater, ansioso por saber quem possui tal olhar, tal força.
De quando em vez o medo bate à minha porta e entra sem pedir licença, seca o meu coração e foge, o poder que tenho por amar enche-o rapidamente para que a cabeça não se aperceba do sucedido, fazendo com que tudo pareça um simples piscar de olhos.
Actualmente, tenho o medo como hóspede permanente, o amor fez as malas e disse que viajaria em busca do seu rumo…

Fria e seca, só consigo pedir que o seu rumo seja eu!

2 Pinceladas:

Anonymous Anónimo pincelou...

Lindo, Daniela!

Kant

9:48 da tarde  
Blogger B. pincelou...

:(

1:31 da manhã  

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