(...)
Tento sentar-me distante de mim mesma e olhar para mim e para o que me rodeia com olhos desconhecidos e desinteressados. Não resulta. Sou incapaz de não pensar na possibilidade de algo lá estar.
Aos poucos, vou deixando de saber se espero por aquele tão distante e incerto momento ou se espero por essa mesma espera.
Diz-me, por favor, que o que quer que eu esteja a ver não é obra dos meus devaneios, que não nasceu da minha imaginação e que passará de uma simples ânsia de um pouco de realidade.
Diz-me, se fores capaz, que as carícias existem e são especiais e únicas, que te lembras dos meus olhos só porque sim e que sorrir para ti é bom.
Diz-me, se nisso acreditares, que vale a pena esperar...