segunda-feira, agosto 22, 2005

Para ti, daqui de dentro

Cheguei a casa, depois de jantar e sentei-me em frente ao computador, a pensar que já tudo acabou. As lágrimas foram caindo, aquelas que tinham ficado apenas por trás de força e alegria, e pensei em tudo o que passei neste 4º turno com a família e, principalmente, com os Dan Brown. Parece que me sinto na necessidade de agradecer a todos e a cada um por tão bons momentos e por isso decidi escrever-te algo, não sei se para mostrar o que não consegui mostrar durante o turno, se para ter a certeza de que a mensagem chegou aí. Não te acordei nem adormeci com beijos, não te escrevi mensagem no topo da cama mas não é por isso que não te adoro tanto ou mais do que os que o fizeram. Espero sinceramente que não tenhas levado a mal aquelas deduções ciumentas de que o teu coração batia mais forte por alguém, não foi por mal, foi apenas por te estar imensamente grata e não o poder dizer, não por não me deixares mas sim por eu não permitir a mim mesma.

Durante 12 dias tentei ao máximo manter-te ao meu lado, tanto para te dar um abraço ou um sinal de apoio como para me sentir segura quando tudo o resto parecia não fazer sentido.

Ouvi com atenção cada palavra que disseste e tentei fazer deste último turno um turno de bons pormenores, não de gestos vistosos mas de gestos simples e discretos que transmitissem o calor que Castelo do Bode mantém no meu corpo. Sublinhaste as palavras “atenção” e “respeito” que tanto marcam a nossa vida e, quer se tenha percebido quer não, eu vou tomá-las em conta mais do que o normal…

Sei que não disse tudo mas a vida e o tempo não acabam hoje e sei que vou ter muitos mais dias para te poder dizer o resto.



PS: Achei que devia postar este mail que enviei à minha monitora de vivendas porque é uma parte bem importante dos meus últimos 12 dias